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Entrevista com Mailson Furtado Viana: um ser tão cidade!

Arte e Cultura 25 de junho de 2019. Visualizações: 737. Última modificação: 27/05/2020 00:59:46

Mailson Furtado caminha para o palco após ser anunciado um dos vencedores da 60ª edição do Prêmio Jabuti. | Créditos: flickr.com/camarabrasileiradolivro

Quando em outubro de 2018 a Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou a relação dos finalistas à sexagenária edição do Prêmio Jabuti, o noticiário, sobretudo as editorias especializadas em arte, cultura e literatura, dedicou-se a destacar os nomes de prata da literatura nacional que estrelavam a lista. Em maior parte, são autores publicados e distribuídos por grandes empresas do mercado editorial; são personalidades consagradas em feiras e em eventos literários; já ocupam espaços e capas na grande mídia. Aquele também fora um ano de mudanças na organização das categorias, que a partir de então passam a se dividir em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação.

Revelados os finalistas, o nome do cearense Mailson Furtado Viana aparece na relação dos dez concorrentes pela categoria “Poesia”, um dos gêneros com possibilidades de arrematar a grande categoria de “Livro do Ano”, disputada também entre as publicações dos eixos Ensaios e Literatura. Até então, ascender ao seleto grupo parecia motivar muito mais apenas ao próprio autor, que diz ter recebido a informação com muita surpresa, e, evidentemente, também os moradores da pequena cidade de Varjota, que passam a ver um filho da terra em uma disputa de renome nacional.

Ele fala de sonhos com a modéstia de quem, ingenuamente, conhecesse os caminhos para realizá-los.

Chegada à noite de gala da literatura brasileira, a primeira grande surpresa veio com o anúncio do livro “à cidade”, escrito por Mailson Furtado Viana, como vencedor de uma das categorias mais afamadas da premiação: a poesia. Subiu ao palco um jovem escritor visivelmente emocionado com a conquista que, dado o reconhecimento pelo mérito de literariedade, também é um fruto das penúrias e glórias de uma publicação independente. Com a estatueta do Prêmio Jabuti em mãos, naquela noite, Mailson reconhecidamente se misturava aos deuses da palavra e aos engravatados do mercado editorial.

Por muito pouco, o momento do anúncio correu o risco de não ser vivido pessoalmente pelo autor, uma vez que Mailson cogitou a possibilidade de não ir à cerimônia devido à “situação financeira naquele momento”. Se a sua ausência tivesse sido concretizada, teria sido um silêncio irreparável e, certamente, a cerimônia não teria tido o mesmo brilho. De volta ao seu assento no auditório, não houve muito tempo para recuperar o suspiro e reorganizar os sentidos, pois, logo em seguida, o apresentador e jornalista Sérgio Groisman, cerimonialista da edição, anunciara o vencedor da última e mais celebrada categoria: o Livro do Ano. Pela segunda vez, Mailson Furtado Viana é convidado ao palco.

Você se lembra da sua reação nesse momento quando anunciaram seu nome? “Fiquei sem acreditar. Eu acho que eu não acreditava que o livro tivesse esse potencial de vencer. Já estava muito feliz com a indicação de finalista. Quando eu ouvi meu nome, soltei um palavrão e saí correndo para o palco”.

E aí, como foi? Não sei dizer o que sentia no momento que ouvi o meu nome de novo, além de não acreditar, claro. De onde eu estava até o palco, caminhei sem muita consciência da situação. Eu estava completamente em transe. Demorei um certo tempo para processar tudo o que estava acontecendo. Era como se eu tivesse realizando o meu sonho e o de muita gente.

Quem seria essa “muita gente”? Ah… a minha família que sempre acreditou, minha esposa que sempre está comigo. A minha cidade que passa a ser reconhecida e, também, os escritores independentes e os escritores do Ceará.

Para um homem tão habituado com as palavras, só coube começar o solene discurso de agradecimento pedindo desculpas. “Peço desculpas, porque ainda não tá [sic] caindo a ficha. Ainda tou [sic] tentando digerir o que tá [sic] acontecendo comigo aqui hoje…”. O primeiro escritor a arrematar o prêmio que Mailson levou para casa foi o baiano Jorge Amado, com o livro “Gabriela Cravo e Canela”, depois vieram nomes como Chico Buarque, Ana Maria Machado, Lígia Fagundes Teles, Ruben Fonseca, Ferreira Gullar e Hilda Hilst.

Daquela noite em diante, “à cidade” de Mailson Furtado Viana; Varjota, a cidade natal de Mailson; e todas as suas emoções, confusas e misturadas, passariam a ser manchetes nos cadernos especializados de literatura e sua trajetória narrada em alguns dos principais telejornais de rede aberta, conforme acontece com os grandes e consagrados escritores.

O que talvez nem todos os grandes escritores tenham experimentado seja a vivência de serem recepcionados em sua cidade, de carro aberto, em cortejo pelas ruas com dezenas de seguidores e pessoas nas calçadas orgulhosas e envaidecidas comemorando, juntas, um prêmio literário. Mailson sabe muito bem o que é isso. Ladeado pela família, com a estatueta do Prêmio erguida com a generosidade de quem oferece o título a cada conterrâneo, ele trajava uma camisa do seu time, o Fortaleza, que terminara o ano campeão da Série B pelo Campeonato Brasileiro, segurava a bandeira da cidade e no som do carro tocava o cearense Belchior (1946 – 2017).

Não por acaso, a acolhida a um escritor referenciado por poetizar sua terra não poderia ser, no mínimo, bairrista As ruas da pequena Varjota demonstravam todo seu orgulho de pertencimento e, na mesma medida em que calorosamente o recebia, orgulhosamente o dedicava: “de Varjota para o mundo”, estava escrito em um cartaz afixado na frente do carro.


No princípio era o… Rock and roll

Na cidade de Varjota/CE, Mailson Furtado integra o coletivo Cia Criando Arte. |Crédito: facebook.com/CiaCriandoArte

Nascido na pequena cidade de Cariré, ainda na sua primeira infância, a família se mudou para a vizinha cidade de Varjota, um pequeno município com pouco mais de 17 mil habitantes e distante da capital Fortaleza por 260 quilômetros. “A cidade onde nasci era tão pequena que esse êxodo acontecia muito porque as famílias sempre se deslocavam em busca de melhores condições de trabalho e sobrevivência”, explica ele detalhando que na nova moradia o pai, Francisco Rodrigues, e a mãe, Maria Arlete, sustentaram a família de três filhos – ele, o primogênito, e duas irmãs mais novas – como agricultor e dona de casa.

Uma infância típica das pequenas cidades interioranas do nordeste brasileiro até a virada do milênio. Sem os demasiados atrativos urbanos, o tempo era preenchido com auxílio nas tarefas de casa e com as coletivas brincadeiras de rua, ainda possíveis em um tempo de tranquilidade e pouca exposição à violência nos vilarejos; além, claro, de muito estudo! Toda a trajetória educacional de Mailson se deu na rede pública acrescida das longas horas de estudo: “eu era um CDF” (expressão usada para pessoas muito inteligentes ou muito dedicadas ao estudo).

O seu maior interesse na escola sempre foi português e literatura? Não necessariamente. Minha maior afinidade se dava com os números, eu era muito aplicado. A literatura era minha paixão, sempre li os livros clássicos daquela fase escolar, mas só despertei mesmo com mais interesse pela literatura na adolescência.

Algum motivo em especial? Sim, a música!

Como assim, a música te levou à literatura? A minha geração se envolveu muito com o Rock. Eu, particularmente, me encontrei naquele som, naquelas letras, naquela afirmação. O Rock me apresentou um universo diferente porque falava de física, de química, de astrofísica. A música, o rock filosófico da minha adolescência, me levou não apenas à literatura, mas à arte como um todo.

As portas abertas pelo Rock and Roll escancararam um universo de curiosidade, que por sinal é um traço forte na personalidade de Mailson. Naquele momento, mais que trilha e melodia para a adolescência, o gênero musical atiçou o ímpeto juvenil e canalizou seus caminhos artísticos. Mailson relembra que lia as músicas e projetava no futuro escrever como aqueles compositores; pesquisava os assuntos das letras e se interessava pelos recursos visuais: “eu acompanhava todas as fases do processo, procurava entender até sobre a capa e a contracapa”.

…e a literatura…? Daí eu comecei a ler muitas outras coisas. Lembro que Paulo Leminski me marcou muito nessa época. Também me envolvi com o teatro, me interessando por tudo na dramaturgia, inclusive a escrita. A partir desse momento, eu me aproximei mais do texto e – Pronto! – até hoje. (Risos).

Capa do livro à cidade

Que o reconhecimento recebido com o Prêmio Jabuti comove Mailson, por obviedade, isso é perceptível. No entanto, ao longo de quase duas horas de entrevista, em diversos momentos, o sentimento de realização se revela em equidade ao falar de música, ao falar de literatura e ao falar do teatro. Nos palcos, na coxia, na rua… Em tudo que esse jovem cearense coloca a mão ganha contorno. Ele fala de sonhos com a modéstia de quem, ingenuamente, conhecesse os caminhos para realizá-los.

E o mais importante: realiza! A relação de afeto com a sua cidade não é recente e nem tampouco existe motivada pelo livro “à cidade”. Bem antes, ainda na adolescência, Mailson se juntou a um grupo de amigos para criar uma companhia de teatro, porque acreditava que os jovens varjotenses precisavam de mais opções de lazer e, assim, surgiu em 2006 a Companhia Criando Arte.

Como foi esse processo inicial? O que vocês faziam? A gente tem na adolescência aquele ímpeto por mudar tudo. Nessa época eu comecei a amadurecer o conhecimento da vida política e encontrei no teatro um sentimento de trabalho coletivo que me despertou a vontade de aliar com as coisas que eu gosto: a literatura, a música e a dramaturgia. A gente lia textos clássicos, escrevemos peças, atuamos, dirigimos, produzimos e organizamos a divulgação, enfim, a gente faz de tudo.

Qual o impacto desse trabalho na sua cidade? Ah, cara, é um movimento muito bonito e eu te garanto que dá para sentir o envolvimento. A gente vem mostrando que é possível fazer arte, produzir cultura na nossa própria cidade, que é uma cidade pequena. O grupo se renova ao longo desse tempo, tanto os integrantes quanto plateia.

Atualmente, a Companhia Criando Arte é composta por 8 integrantes da faixa etária de 20 a 30 anos. Desenvolve suas atividades em um prédio cedido por um empresário da cidade, fazem apresentação a preço popular, participam de editais de fomento às artes, levam contação de histórias nas escolas públicas. Já percorreram diversos municípios do Ceará e de outros Estados com peças que “fazem rir, e são textos que fazem refletir. Somos teatro de costumes, surrealista, teatro de rua, infantil, filosófico, político”, descreve Mailson.

Toda essa motivação, no entanto, é tomada pela consciência de que o retorno financeiro por tanta dedicação não é o suficiente para garantir o sustento de casa. Assim que concluiu o Ensino Médio, Mailson foi aprovado para cursar a graduação em Odontologia, na cidade de Sobral, pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Nesse período, a rotina se dividia entre a universidade, o teatro e Yane Cordeiro, com quem casou e tem um filho, o Fernando, de dois anos. Fiel incentivadora dos projetos do marido, ela também faz parte da Companhia Criando Arte.

O sustento da família, a base financeira, fica majoritariamente por conta da sua condição de cirurgião-dentista concursado em uma cidade vizinha e mantendo atendimentos em Varjota.

Já pensou em largar a clínica para viver das artes? Infelizmente ainda é muito difícil sobreviver de cultura no Brasil e ainda mais quando a gente fala de uma cidade pequena. De certa maneira, eu gosto de ter o compromisso da odontologia porque me dá mais tranquilidade para produzir. Eu não sei se eu seria feliz se eu levasse a arte como ofício. Ela é libertadora assim”.

Fazer tudo não te atrapalha? Essa ideia de “ser independente” no mercado editorial é viável? A primeira coisa é a que eu queria ser lido, então, eu mesmo teria que fazer conforme o que eu tinha à disposição. O [escritor] independente tem que saber da sua limitação. Eu faço, mas eu sei que poderia ser melhor. No entanto, essa coisa tão centralizada também te faz perder um pouco a autonomia.

Com “à cidade”, por exemplo, todo o trabalho do Mailson rendeu até à véspera da premiação a venda de 200 exemplares, que ele mesmo distribuiu nas livrarias das cidades próximas ou encaminhou pelos Correios os vendidos pela internet. As outras cem unidades que ele pagou pela primeira tiragem se esgotaram na noite do prêmio. A segunda remessa saiu com 5 mil livros.

De uma natureza multifacetada e inquietante, Mailson endoida o verbete “poesia”. Ao mesmo tempo em que pisa no terreno da literatura trabalhando com as palavras a fim de atingir uma construção estética nesse gênero, ele também pode ser a personificação para o que nos sugere a etimologia da expressão “poiesis”. Enraizada no grego, Aristóteles a pensou como uma dimensão do espírito humano capaz de criar, tecer, fazer algo a partir da fruição, do imaginário, dos sentimentos. “à cidade” é uma obra cabal dessa acepção: o artesão da poesia, aquele que tudo faz, pode ser o eu lírico dessa narrativa, esgotada ao descrever o seu território geográfico com tanto sentido. “à cidade” e o seu escritor estão tão vivos ao ponto de, por uma simbiose homem-espaço-palavra, não ser possível estabelecer limites entre a cria e a criatura.


Uma cidade em quatro tempos

 

Ainda quando exilado em Buenos Aires, o poeta Ferreira Gullar (1930-2016) conclui “O poema sujo”, uma de suas obras mais consagradas, com os versos “a cidade está no homem/ quase como a árvore voa/ no pássaro que a deixa”. A influência de Gullar na obra de Mailson divide espaço com os poetas João Cabral de Melo Neto (1920-1999)e com o escritor cearense Gerardo de Mello Mourão. Coincidência ou não, mas o estalo criativo para a “à cidade” também veio depois de um pequeno exílio, ou dito de uma outra forma e sendo mais fiel ao fato, Mailson pensou em escrever sobre seu lugar quando seguiu em turnê por municípios da Paraíba e Pernambuco apresentando um espetáculo pela Companhia.

O que das outras cidades te fez pensar a sua? Eu comecei a pesquisar sobre questões históricas e sociais daqui [Varjota] e, mais ou menos nesse período, também li A Pedra do Reino, do [Ariano] Suassuna. Daí aconteceu de a gente seguir uma temporada por algumas cidades com o espetáculo que tínhamos montado. Foi incrível o que sentia ao reconhecer naquelas paisagens um cenário que era como se eu já conhecesse, mas nunca tinha estado ali antes. E foi aí que eu pensei: por que não eu também escrever sobre o meu lugar?

A explicação de Mailson ressoa como se a sua experiência fosse alçada à dimensão palpável do espírito filosófico contido nos versos de Gullar. Ora, bastou sair dos limites de sua territorialidade para se encontrar com o que lhe havia de tão familiar ao estar no lugar dos outros. Os mais catedráticos, na busca por explicar as coisas à luz da lógica e da teoria, chamam essa artimanha de “referencial de mundo”. Ao sentenciar que “Se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia”, o escritor russo Leon Tolstói (1828-1910) foi além ao eludir para a dimensão do local os limites desse mundo em potencial de expressão.

Assim viu Mailson: “O sertão é um país/Que é maior que minha vista”. Com a cabeça fervendo de ideias e os sentimentos de pertença aflorados, em vinte dias (isso mesmo: duas dezenas de dias, menos de um ciclo completo da lua) o escritor teceu a autobiografia de seu lugar em um processo de tanta intensidade e entrega que ele classifica categoricamente com uma exclamativa frase: “Foi visceral!”. A ideia era a de descrever o tempo, as coisas, as pessoas e os lugares de modo a desmistificar o imaginário de um sertão sofrido e já tão reificado pelas fotografias de rostos enrugados, de terra seca e rachada.

O sertão tem seus problemas, é claro, mas também tem muita beleza

defende Mailson Furtado

A aldeia pintada nas palavras dele está longe – em contraste negativo – das que constroem o imaginário coletivo tão recorrente nas obras de regionalistas como a sua conterrânea Raquel de Queiroz (1910-2003), em “O Quinze”, que narra a migração em massa de sertanejos flagelados fugindo da seca de 1915. E muito mais distante das cores secas e desbotadas que Cândido Portinari (1903-1962) pincelou em “Retirantes” e “Criança morta”. Ele fala do tempo, dia e noite, que diariamente se anuncia solar: “o mesmo/ que se apagou/ quando cristo gritou”.

Todos os habitantes da cidade parecem caber no poema: são mulheres faceiras, homens trabalhadores, crianças brincantes. A própria cidade assiste a sua existência em “as cadeiras ganham o mundo/ e como meros souvenires/ lotam ruas”. Cada linha do poema pode ser uma dessas ruas, às vezes retas, às vezes enviesadas com seus acidentes geográficos e, talvez, por isso, a leitura deste poema de fôlego seja um verdadeiro passeio por alamedas.

É uma caminhada sem trégua, como frases sem ponto final. A estética dos movimentos visuais cortinada pelos modernistas e pós-modernos do século XX é forte e aparece, por exemplo, nos recursos para construir a imagem do fluxo do Rio Acaraú. Ora, se o rio desce para banhar o relevo, por que não as palavras descerem uma linha? A sinestesia provocada não deixa escapar sequer o som das águas. Nem o cantarolar do galo de manhã cedinho, em outra parte do livro, anunciando o dia… “É um poema visual”, avisa Mailson.

Ao ler o livro, é possível a impressão de que foi tudo escrito em uma única vez! Como é seu processo de criação? Esse poema pedia para sair. Ele estava dentro de mim e eu precisava escrever. Essa é a parte inconsciente. Somente depois vem o trabalho de engenharia do poema, porque eu mudo muito. Quando finalizei, enviei para um amigo e ele me retornou muito entusiasmado.

Foi desse contato que surgiu a ideia de nomear as partes em tempos verbais? Exatamente. A primeira parte [presente] é a cidade por ela mesma; a segunda [pretérito], é um relato social, geográfico, sua formação, o rio. Em “pretérito mais-que-perfeito”, a terceira parte, eu estou dentro do livro, registro vivente da obra. Vejo a cidade em que tudo isso acontece. Já em “futuro de pretérito”, a cidade está sendo ligada com o que foi.

Tal qual o movimento contornado das nuvens pelo céu azulado do sertão, a cidade de Mailson segue se fazendo “ser”, desenhando-se na mistura entre gente e coisa, concreto e sentimento, natureza e cultura – ou em todas as outras dimensões que couberem na literatura. Vivaz, ela está enraizada nele, feito o pássaro de Gullar que voa sob a concessão de sua árvore!


Áudio –

O escritor Mailson Furtado declama trecho do poema-livro “à cidade”. | Trilha The doks-JP.


Fotogaleria –

Mailson Furtado caminha para o palco após ser anunciado um dos vencedores da 60ª edição do Prêmio Jabuti. | Créditos: flickr.com/camarabrasileiradolivro
Mailson Furtado recebe a estatueta do Prêmio Jabuti 2018 pela categoria Poesia. | Créditos: flickr.com/camarabrasileiradolivro
“Ainda não tá caindo a ficha”, diz Mailson Furtado no discurso de agradecimento pelos dois prêmios: poesia e livro do ano. | Créditos: flickr.com/camarabrasileiradolivro
Vencedores do Prêmio Jabuti 2018. | Créditos: flickr.com/camarabrasileiradolivro
Estatuetas do Prêmio Jabuti 2018 na estante de livros de Mailson Furtado. | Foto: Acervo pessoal
Escritor Mailson Furtado em apresentação no TEDx Fortaleza. | Foto: Acervo pessoal

Leia mais

Relação dos premiados da 60ª edição do Prêmio Jabuti – 2018.
Acompanhe as atividades da Cia Teatral Criando Arte.
No IBGE Cidades, saiba mais sobre a cidade de Varjota.
Veja as obras Retirantes (1944) e Criança Morta (1944), citadas no texto.


Expediente

Texto: Higo Lima (higo.lima@ufersa.edu.br) | Concepção visual: Priscila Richelle | Edição de áudio: Diego Farias | Estagiária de comunicação: Dinara Araújo | RIC – Editor chefe: Mário Gaudêncio. Nota 1: Conteúdo adaptado para versão web a partir do texto original publicado na Revista Informação em Cultura – RIC, edição jan/jun de 2019. Nota 2: O nome do livro – à cidade – está grafado em caixa baixa/minúsculo em adaptação estilística à forma original da publicação.

Clique na imagem abaixo para acessar o sumário da edição de lançamento da Revista Informação em Cultura – RIC publicada pelo Portal de Periódicos da Ufersa.

Imagem da capa da edição de lançamento da Revista Informação em Cultura da Ufersa. | Crédito: Arte de Priscila Ricelle e foto de Dalvanira Brito Rodrigues.